Concerto em Lisboa, em 15.3.2018 |
O outro disco, "Água fresca", é composto por 10 canções da autoría exclusiva do Miguel Ángel.
Em ambos, Naharro conta com músicos de elevado nivel que souberam dar o som que ele buscava para esta nova proposta musical. Sáo eles Pepe Burgos, o maestro José Carita (Portugal), Juan Chino Flores, Manu Clavijo, Gustavo Hortoneda, Jordi Mª Macaya, Ángel Morilla, Juan Luis Sánchez e Juan Vargas.
A capa de “18 poetas contemporáneas con música de Naharro” foi realizada pela ilustradora Raquel Gu e a de “Agua fresca” é obra do desenhador e caricaturista Kap.
Miguel Ángel produziu em 1992 o seu primeiro LP em vinil, "Paseo literario por Extremadura", recolha de coplas tradicionais da sua província, Campo Arañuelo, revitalizando o "romance da serrana de La Vera" e musicalizando trabalhos dos poetas extremenhos Bartolomé Torres Naharro, Juan Meléndez Valdés, José de Espronceda, Carolina Coronado, Luis Chamizo, Jesús Delgado Valhondo, Manuel Pacheco e Pablo Guerrero.
Em 1995 gravou o CD "Paseo hispánico (Poetas XII-XX)". Este álbum foi uma resenha sinfónica das línguas vernáculas da Península Ibérica, através de poetas como Gonzalo de Berceo, Ramon Llull, Ausias March, Luís de Camões, Luis de Góngora, Francisco de Quevedo, Pedro Calderón de la Barca, Francisco de Quirós, Juan Ramón Jiménez, Federico García Lorca, Salvador Espriu, Gabriel Aresti e Celso Emilio Ferreiro. Também incluía 'Naturaleza (Durmil a rucíu)', um poema anónimo escrito na 'fala de Xálima', que foi usado pela primeira vez numa gravação musical e é típico de Eljas, Valverde del Fresno e San Martín de Trevejo, cidades do noroeste da província de Cáceres.
No verão de 2001 lançou o CD "Vida" em que fez covers de romances tradicionais como Giraldo, Gerineldo e Valdovinos e juntou-lhes a canção infantil "La chaquetía" e a combinação de bulería e verdial, "Y que cante". Também incluiu "Palabras para Julia" de Paco Ibáñez e "Gracias a la vida" de Violeta Parra, e musicou dois poemas de José Miguel Santiago Castelo e Antonio Gómez. Por fim, apresentou quatro canções próprias com temas diversos: Uma piscadela para os deficientes ('Igual'), um simbolismo sobre os migrantes, ('Na estação Atocha'), um exemplo de emoção ('Amor sem fim') e Raio X da juventude do momento ('Brave rebentos de relva').
Em 2004 publicou o CD “Canciones Lusitanas” em que musicou trabalhos de poetas de Portugal e Extremadura como Fernando Pessoa, Florbela Espanca, Nicolau Saião, Luís Filipe Maçarico, Ruy Ventura, Gabriel e Galán, Rafael Rufino Félix Morillón, José Miguel Santiago Castelo e Álvaro Valverde.
Em 2006 publicou sua quinta gravação, o livro-CD "Canciones Guerrilleras". Aqui realiza, auxiliado por peças notáveis, uma revisão histórica de canções que se opõem aos diferentes totalitarismos do século XX: 'Ay Carmela!'; 'Bella ciao'; 'Le chant des Partisans', de Druon, Kessel e Marly; 'Al vent' de Raimon; 'Grândola vila morena' de José Afonso; 'A jugs' de Pablo Guerrero; 'A galopar' de Rafael Alberti e Paco Ibáñez; 'Alfonsina y el mar' de Luna y Ramírez; 'Cancioneta' de León Felipe e Luis Pastor e 'Al alba' de Aute. Assim, completou um bom naipe de hinos revolucionários.
Em 2010, a Assembleia da Extremadura publicou o livro-disco "Gómez Naharro. Antologia". O livro, de 129 páginas, contou com uma apresentação literária e colectiva das peças, feita por colegas e amigos de Naharro, que incluiu um CD com 23 canções.
Em 2015 publicou “The essential Naharro”, que era uma resenha das canções até então publicadas, assim como outras canções não registadas que também faziam parte de seu repertório.
Miguel Ángel já actuou por várias vezes em Portugal, nomeadamente em Vila Viçosa, Portimão, Seixal, Porto (Espaço Mira Fórum e Bar Gato Vadio, em dois dias consecutivos), Carviçais e Lisboa.
No corrente ano de 2020, apesar das dificuldades que estamos passando, conseguiu editar este CD duplo que pode ser adquirido escrevendo para o email:
cantautaria2018@gmail.com
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