Grande apreciador, descubro um manancial de contos escritos ou escolhidos por gente fina. Também comentadores que adoro ler como a Ondina dos Corais que não tem aparecido. E, como não faço uma coisa nem outra, sinto-me felicissimo, recuperando de umas férias estragadas. Venham mais ! Braça pa tude gente !!!
A Ondina já aqui apareceu, se não estou em erro, por duas ou três vezes. Hoje, até a avisei para ter cuidado quando entrar ou sair do Hospital Agostinho Neto, ahahahahaha
Um conto curto muito muito interessante sobre a insignificância da vida e do papel momentos fatídicos. A vida está presa a um fio a hora é que é incerta!!
Este conto faz-me lembrar o estilo desse grande prosador da língua portuguesa que é o Aquilino Ribeiro. É certo que ele é marcadamente um escritor regionalista, mas o que se nota neste conto do Joaquim Saial pode em certa medida entender-se como o regionalismo aquiliniano transposto para o meio urbano, com as suas próprias peculiaridades e maneirismos. Até porque o Aquilino escreveu também sobre temáticas urbanas, sempre com a sua exuberância lexical e a sátira a condimentar discretamente a narrativa. Tal como o Joaquim: “A cura foi rápida, ele de bom sangue e melhor carnadura...”; “Logo hoje é que o Julinho se lembrou de esticar o pernil”. A verdade é que em técnica literária e no tratamento da palavra, o Joaquim está aqui a ombrear com o Aquilino, neste conto cheio de sabor literário.
Eis um conto com desfecho inesperado e irreversível. Uma telha assume o estatuto de personagem - um misto de destino e de desmancha-prazeres - e impõe o fim do conto, sem apelo nem agravo.
Caríssimos: ...mesmo no meio da desgraça que foi o percurso do "Júlio Rufino" o lado cómico ou melhor, irónico e inesperado do desfecho da acção, sobressaíram de tal maneira, que não deram tempo ao leitor para "lamentações" sobre a sorte do protagonista. Mas assim é que se constrói um belo e curto conto. E o Joaquim Saial Conseguiu-o. Gostei mesmo!
Obrigado pela visita e pelas palavras que aqui deixou. Quanto ao Julinho, paz à sua alma mas a verdade é que durante uns meses após a sua morte, na zona onde ele residia desapareceram muito menos automóveis...
Grande apreciador, descubro um manancial de contos escritos ou escolhidos por gente fina. Também comentadores que adoro ler como a Ondina dos Corais que não tem aparecido.
ResponderEliminarE, como não faço uma coisa nem outra, sinto-me felicissimo, recuperando de umas férias estragadas.
Venham mais !
Braça pa tude gente !!!
A Ondina já aqui apareceu, se não estou em erro, por duas ou três vezes. Hoje, até a avisei para ter cuidado quando entrar ou sair do Hospital Agostinho Neto, ahahahahaha
EliminarAbraço para Tours,
Joaquim Saial
Um conto curto muito muito interessante sobre a insignificância da vida e do papel momentos fatídicos. A vida está presa a um fio a hora é que é incerta!!
ResponderEliminarÉ mesmo, José, mas o Julinho bem podia ter morrido no dia seguinte. Privar a malta de um derby daqueles, não se faz, ahahahah
EliminarAbraço para Aveiro,
Joaquim Saial
Este conto faz-me lembrar o estilo desse grande prosador da língua portuguesa que é o Aquilino Ribeiro. É certo que ele é marcadamente um escritor regionalista, mas o que se nota neste conto do Joaquim Saial pode em certa medida entender-se como o regionalismo aquiliniano transposto para o meio urbano, com as suas próprias peculiaridades e maneirismos. Até porque o Aquilino escreveu também sobre temáticas urbanas, sempre com a sua exuberância lexical e a sátira a condimentar discretamente a narrativa. Tal como o Joaquim: “A cura foi rápida, ele de bom sangue e melhor carnadura...”; “Logo hoje é que o Julinho se lembrou de esticar o pernil”.
ResponderEliminarA verdade é que em técnica literária e no tratamento da palavra, o Joaquim está aqui a ombrear com o Aquilino, neste conto cheio de sabor literário.
Não exageremos, não exageremos... o mestre era o mestre e alunos do seu calibre, poucos teve.
EliminarGrande abraço,
Joaquim Saial
Eis um conto com desfecho inesperado e irreversível. Uma telha assume o estatuto de personagem - um misto de destino e de desmancha-prazeres - e impõe o fim do conto, sem apelo nem agravo.
ResponderEliminarProva de que aquele antiquíssimo ditado, inventado mesmo agora "Quem sai de um hospital, deve sair de capacete", é para cumprir...
ResponderEliminarAbraço para Almada,
Joaquim Saial
Caríssimos: ...mesmo no meio da desgraça que foi o percurso do "Júlio Rufino" o lado cómico ou melhor, irónico e inesperado do desfecho da acção, sobressaíram de tal maneira, que não deram tempo ao leitor para "lamentações" sobre a sorte do protagonista.
ResponderEliminarMas assim é que se constrói um belo e curto conto. E o Joaquim Saial Conseguiu-o. Gostei mesmo!
Cara Ondina,
ResponderEliminarObrigado pela visita e pelas palavras que aqui deixou. Quanto ao Julinho, paz à sua alma mas a verdade é que durante uns meses após a sua morte, na zona onde ele residia desapareceram muito menos automóveis...
Abraço seguro,
Joaquim Saial