O romance de Manuel Rui Monteiro (conhecido por Manuel Ruy) “Quem me dera ser onda”, uma história aparentemente simples, quase infantil, mas que aborda temas sérios presentes na sociedade angolana após a independência, foi galardoado com o Prémio Agostinho Neto. Escrito em 1982, é aparentemente uma história infantil, com destaque para as personagens principais (duas crianças e um animal - um porco).
A figura fundamental que perpassa o texto, uma mescla política e uma crítica à sociedade de Luanda da época, que esqueceu e apagou todos os valores antigos. A alienação cultural, social e política é dada através da figura do pai das crianças que não entende certas preocupações humanas e se revela completamente desintegrado do espaço social representado pelo prédio e mesmo pela cidade em que vive.
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